O neoliberalismo
O Neoliberalismo tem suas raízes mais remotas no Liberalismo Clássico que influenciou o Pensamento Econômico até o início do século passado. As idéias liberais foram elaboradas ao longo de mais de um século. Seu principal expoente foi o economista escocês Adam Smith, que em 1776 lançou o clássico A Riqueza das Nações. Nesta obra, o autor defende que o papel do Estado na economia devia se restringir às funções que são inerentes ao Estado ou que não despertem o interesse privado. A justificativa de Smith é que cada agente econômico, guiado apenas por seus próprios interesses e livre da coerção estatal, vão coletivamente produzir a harmonia social. Este é o famoso princípio da mão invisível.
Posteriormente, o pensamento de Adam Smith foi aprimorado por economistas como David Ricardo (autor do também clássico Princípios da Economia Política), Leon Walras (que justificou matematicamente as principais idéias liberais) e Alfred Marshall (este último já em meados do século XIX). O Pensamento Liberal ganhou espaço entre as principais economias mundiais e impulsionou a Revolução Industrial na Inglaterra e contribuiu para que os Estados Unidos alcançassem a condição de uma das mais importantes economias do mundo em pouco mais de um século. Estas idéias também colaboraram para a independência dos EUA em 1776.
Crise do Liberalismo
O Liberalismo explicou o funcionamento das economias mundiais até a Quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque em 1929. Naquele ano, a onda de otimismo especulativo que se espalhou pelos EUA chegou ao fim, dando início a uma crise econômica que se prolongou por boa parte dos anos 1930. As economias dos países europeus também foram arrastadas pela recessão, de proporções sem precedentes no passado. A essência desta crise era que os agentes econômicos privados eram incapazes de provocar o impulso responsável pela retirada da economia da recessão, com a conseqüente retomada do crescimento e a redução dos elevados