Síntese da filosofia de feuerbach
VIDA E OBRA
Ludwig Feuerbach nasceu em Landschut (Baviera) no dia 29 de julho de 1804. Em 1823 iniciou, em Heidelberga, o estudo da teologia, passando depois para a filosofia. Em 1824 começou a frequentar as aulas de Hegel em Berlim; em 1828 obteve a livre docência na Universidade de Erlangen, com a dissertação De ratione uma, universali, infinita, na qual já desenvolve o seu pensamento, em polêmica com Hegel. O caráter independente e o extremismo das suas concepções interromperam a sua carreira acadêmica; mas isto lhe permitiu dedicar-se com maior empenho à reflexão e à redação dos seus escritos. Morreu nas imediações de Nuremberga, aos 13 de setembro de 1872. As suas obras principais são: Crítica da filosofia hegeliana (1839), A essência do cristianismo (1841), Princípios de uma filosofia do futuro (1843), A essência da religião (1845), O mistério do sacrifício ou o homem é o que ele come (1862), Espiritualismo e materialismo (1866).
Feuerbach retoma com mais ordem a incisividade as críticas de Stirner e Bauer a Hegel no terreno da religião, contribuindo, deste modo, para a plena realização da reformulação materialista do idealismo.
Na sua obra principal, A essência do cristianismo, Feuerbach afirma contra Hegel que “o fundamento da verdadeira filosofia não é pôr o finito no infinito, mas o infinito no finito”, isto é, que a tarefada filosofia não é provar que o homem é produzido por Deus, mas, inversamente, que Deus é produzido pelo homem: não foi a ideia de (Deus) que criou o homem, mas o homem que criou a ideia (Deus).
O ESTUDO DA ORIGEM DE DEUS
A filosofia religiosa de Feuerbach é, portanto, um estudo da origem da ideia de Deus e dos seus atributos. A origem da ideia de Deus tem o caráter da hipostatização: o hoeme projeta todas as suas qualidades positivas numa pessoa divina e faz dela uma realidade subsistente, diante da qual se sente esmagado como um nada ou, pelo menos, como miserável pecador.