O negro e o índio na música
As bases das raízes da música brasileira foram formadas pelo índio, o negro e o branco colonizador, e as primeiras manifestações musicais históricas vieram com os Jesuítas em 1549. Em 1552 chegou à Bahia o mestre-capela Francisco Vacas – músico e cantor, trazido pelo primeiro bispo que chegou ao Brasil - Dom Pero Fernandes Sardinha. Em 1730, durante o Brasil colônia, a música começou a ser tecida nas cidades metrópoles da época – Salvador e Rio de Janeiro. Tudo teve início com a celebração da missa católica com seu canto litúrgico gregoriano. O primeiro compositor brasileiro que se conhece nos registros históricos é Eusébio de Matos Guerra ou frei Eusébio de Soledade (1628-1672), irmão do poeta Gregório de Matos, um grande tocador de viola e cantador de lundus. Compôs música religiosa e profana, mas sua obra se perdeu. Essas são algumas das raízes da MPB. Todos os tipos de etnias influenciaram e contribuíram com suas características culturais na formação musical brasileira. Algumas com maiores influências, formas, mais adereços do que outras. Do branco, veio o canto gregoriano com seus atos e ladainhas que eram misturados com as danças e cantos indígenas, visando à doutrinação; a habanera, ritmo-dança de origem cubana se propagou pela Europa com os nomes: polca e mazurca. Esse gênero com o ritmo brasileiro afro-indígena originaria o maxixe, o antecessor do samba. Do negro veio o Lundu, batuque negro com coreografia de cunho sexual e insinuante. Nos fins do século XVIII, o lundu sai das senzalas onde estava confinado, para entrar nos palácios, agradando a aristocracia. Logo se torna modismo e dança de salão. O lundu daria ao ritmo brasileiro todo o sapateado, o remelexo dos quadris e o batuque. Do bailado negro vieram os congos (ou congadas), o maracatu, o maculelê e inúmeros gêneros musicais. Do índio veio o cateretê, de origem Tupi, que absorveu a