aula 7 colaborativa ciencias socias
O Brasil é um país de formação multirracial e por isso carrega um pouco do costume de cada povo que veio morar aqui. Dos negros, herdamos o candomblé, a capoeira, parte do nosso vocabulário e muito do nosso folclore. Dos índios, herdamos o artesanato, a pintura, comidas exóticas como o peixe na folha da bananeira e a rede. Do português, ficamos com o costume católico, a língua, as roupas. Essa mistura toda não se deu de maneira pacífica, mas sim por meio da dominação cultural e da escravização de índios e negros. No entanto, características culturais de ambas etnias sobreviveram ao tempo e hoje compõe uma enorme riqueza cultural. Alguns estudiosos, como o escritor Sérgio Buarque de Holanda, acreditam que o fato de outras culturas permearem a cultura brasileira nos tornou “desterrados em nossa própria terra”. O movimento modernista da década de 20 mostrou a idéia de intelectuais que sentiam falta de um caráter estritamente nacional e que importava modelos sócio-culturais. O escritor Mário de Andrade construiu o personagem “Macunaíma” para retratar isso.
Independente da existência ou não de uma identidade nacional, o fato é que temos muito que comemorar hoje. Os costumes do povo brasileiro, seu folclore, suas comidas e suas músicas são neste sentido, grandes representantes das peculiaridades da cultura do país.
Folclore. O folclore brasileiro é recheado de lendas e mitos como o Saci-pererê, um menino de uma perna só que mora na floresta, usa um gorro vermelho e fuma cachimbo. Uma de suas travessuras mais comuns é emaranhar a crina dos cavalos de viajantes que acampam na floresta. Seu nome vem do tupi-guarani. Outras lendas como a da Mula-sem-cabeça, do Curupira, Iara Mãe D’Água, Boi Tatá, o Negrinho do Pastoreio e do Boto cor de rosa também são bastante conhecidas.
Música
A música estava presente no cotidiano do índio e do negro, relacionada tanto ao simples prazer quanto a rituais