O negociador
Nantucket, Estados Unidos, 1991. Em transmissão pela TV, o mundo assiste emocionado quando Mikhail Gorbachev e John Cormack, o progressista presidente norte-americano, assinam o tratado de desarmamento, tendo como palco a pequena ilha do litoral da Nova Inglaterra. . Mas nem todos que se postavam diante dos aparelhos de TV viam com bons olhos o acordo assinado em prol do futuro da humanidade. Um desses era Cyrus Miller, texano, magnata do petróleo, fanático religioso, racista, ultraconservador. Ele reúne adeptos – industriais de armamentos, políticos reacionários – e dá início a um plano internacional com o objetivo de torpedear o acordo de Nantucket e desestabilizar o presidente Cormack. Com milhões de dólares investidos no Plano Álamo – nome inspirado no episódio que, na visão de Miller, mais simboliza o espírito americano – e a participação de mercenários contratados para a sua execução, o sinistro Plano começa a ter seus desdobramentos. Um deles é a derrubada da casa real saudita, substituída por um governo manobrado pelo Grupo Álamo, acabando assim com o monopólio do petróleo. E quando o filho do presidente Cormack é seqüestrado em Oxford, toda a comunidade de informação ocidental entra em frenética atividade. Mas tudo é em vão. A solução é recorrer ao Negociador. Ex-combatente no Vietnã, dedicando-se agora ao cultivo de vinhedos na Espanha, o Negociador vez por outra é acionado para servir como intermediador na libertação de reféns em poder de organizações das mais variadas tendências. E quase sempre com sucesso. Mas o seqüestro de Simon Cormack tem conotações bem diversas daquelas com que se defrontou até hoje. Os mentores do seqüestro, contudo, subestimam o Negociador. Ele não perdoa traição. É capaz de ir até o inferno caçar alguém que faltou com a palavra. É assim que trabalha o Negociador.
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