O Nacionalismo Africano
O nacionalismo africano significou a tomada de consciência ou desejo de desenvolver a força, a liberdade ou a prosperidade de África por partes de indivíduos ou grupos de indivíduos em relação a estrutura sócio económica dos países africanos.
Para se proceder à análise do Nacionalismo Africano é necessário perceber o que se entende por Nação e qual a força impulsionadora que esta ideia pode ter junto de movimentos de cidadãos que se unem em torno de um mesmo objetivo comum.
Nação é um conceito que surgiu no século XVIII com a Revolução Francesa.
Do ponto de vista etimológico nação provêm da palavra natio que significa nascimento e faz apelo à origem comum.
Mais recentemente, nação também significava “a comunidade dos cidadãos de um Estado que vivem sob o mesmo regime ou governo e têm uma comunhão de interesses, a coletividade dos habitantes de um território com tradições, aspirações e interesses em comum e subordinados a um poder central que se encarrega de manter a unidade de grupo; o povo de um Estado”.
O principal significado de nação é o político e este está associado à ideia de “povo”, a “nossa terra comum”, o “público”, o “bem-estar público”. Pode assim referir-se que se trata afinal de um “corpo de cidadãos cuja soberania coletiva constituía um Estado”.
No fundo, o chão moral comum onde estão ancoradas as raízes, em que se encontram a raça ou a língua, dá consistência à história imaginada das comunidades.
A ligação de um conjunto de cidadãos a uma descendência comum, normalmente pressupõe a existência de um território. E a terra de onde as pessoas são originárias conduz ao surgimento da ideia de pátria, ou seja, local de nascimento, e assenta na combinação da terra e do sangue, no chão sagrado dos (nossos) mortos. A veneração da pátria e de um conjunto de coisas materiais e imateriais do passado, presente e futuro reflete-se em patriotismo e representa sobretudo a total lealdade dos seus membros.
Podemos assim referir