O Museu e a vida
Museu: de espelho do mundo a espaço relacional
Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Ciência da Informação, Área de concentração Cultura e Informação, Linha de pesquisa Mediação e Ação Cultural da Escola de
Comunicações e Artes da Universidade de São
Paulo como exigência parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciência da Informação, sob a orientação do Prof. Dr. Martin Grossmann.
São Paulo
2006
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Banca examinadora
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Para a Marilda, companheira de todos os momentos
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Agradeço
Ao pessoal da Biblioteca da Eca, sempre atencioso, prestativo e eficiente.
Aos professores da ECA pelas boas aulas e conversas instigantes.
À Paula Braga pelas boas conversas e pela leitura atenta recheada de sugestões que enriqueceram o trabalho.
Ao Miguel Chaia e Maria de Fátima GM Tálamo, da Banca de Qualificação, pelos comentários e sugestões, fundamentais para o desenvolvimento deste trabalho.
Ao Martin Grossmann, meu orientador, pelas ótimas conversas que me abriram novas perspectivas, e pela amizade que construímos.
À minha irmã Cecilia de Lara, pela leitura, comentários e principalmente pelo apoio. À minha mãe, meus filhos e meus irmãos pelo estímulo e pela confiança.
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RESUMO
As coleções precedem o gabinete de curiosidades e o museu e remetem a motivações diferentes que revelam aspectos da matriz cultural de cada época. De modo análogo, as formas de organização dos objetos, livros e obras de arte seguem as referências de seu tempo sendo sensíveis às mudanças. Neste trabalho, procuramos mostrar como se dá esta relação em determinados momentos, escolhidos por suas características de ruptura e transformação. Enquanto nas 'bibliotecas' (ou bibliografias) e nos Gabinetes de
Curiosidades do Renascimento a ordem se ligava à analogia e à semelhança por parentesco (divinatio), com Descartes a semelhança passa a ser feita pela comparação, obtida pela medida. Tais mudanças se