O museu da Pessoa e a Antropologia
Antropologia e a formação de Museus
A Antropologia tem ajudado e muito na formação de Museus. Teóricos como Mauss, Durkheim que explicavam os fenômenos sociais, deram a antropologia o quadro teórico e os instrumentos que faltavam para ela se tornar o que é hoje, e, portanto fizeram “o entender” e “a forma de pesquisar e pensar a antropologia”, nos fazendo ver que existem muitos tipos de sociedade e que cada uma delas tem uma forma de se relacionar com a população em que está inserida. Depois, com o passar do tempo, o aprimoramento de trabalhos acadêmicos e pesquisas cientificas como do cientista político Fábio Wanderley Reis, que tenta esclarecer por que é infundado o temor de que a influência da antropologia, com sua inclinação para a observação desarmada, possa diminuir o rigor teórico das demais ciências sociais; Nicholas Thomas, que debate sobre a incompletude das monografias etnográficas para explicar as novas perguntas que surgem no mundo em um processo de questionamento permanente. Em suma, diversas ciências sociais são vistas de um ponto de vista específico, isto é, da perspectiva da antropologia. Esta, por sua vez, é concebida como um desdobramento do processo que fez surgir à sociologia Europeia no século XIX, processo que se reproduziu no Brasil, com características históricas específicas, nas décadas de 50 e 60. Pesquisas de campo, tanto nacionais como internacionais revelaram um mundo novo. A maioria dos materiais recolhidos foram estudados e posteriormente doados aos Museus e muitas dessas instituições foram criadas para guardar tais objetos de pesquisa e a partir dos estudos dos pesquisadores, montaram- se as exposições. Partindo dos conceitos de muitas dessas exposições, o olhar sobre a cultura, verdade, patrimônio e coleções foram mudados, até mesmo o papel de um Museu nas sociedades foi mudado. Estes passaram, não só a ser um lugar bonito pra exposições particulares de burgueses, mas como também um lugar de