o mundo que queremos
POSTED ON 21 DE JANEIRO DE 2013 BY REMS| COMENTÁRIOS DESATIVADOS
INTRODUÇÃO
“Responsabilidade, cuidado e solidariedade poderão estabelecer um patamar mínimo para que alcancemos um padrão de comportamento que seja humanitário”.
Leonardo Boff
As especulações sobre o Calendário Maia e seu prognóstico sobre o “fim do mundo”, de modo bem simplista, dividiram a sociedade em dois lados: aqueles que acreditam e aqueles que não acreditam em que o mundo vai acabar. Entre os que acreditam, existe uma vertente que defende que o fim do mundo como nós o conhecemos é que está próximo. O que se aproxima, na verdade, é o fim de um ciclo e, com ele, a possibilidade de um recomeço: a construção de um mundo melhor.
Se teremos a oportunidade de construir um outro mundo, melhor, chego à pergunta: mas, afinal, qual é o mundo que queremos? E como podemos contribuir para construi-lo?
Provocada por esta reflexão identifiquei que a educação pela aventura tem um potencial, talvez ainda pouco explorado, para inspirar a construção do projeto de sociedade que almejo. Apoiada, principalmente, na Carta da Terra e em outras referências, apresento nesse artigo um caminho que espero que inspire educadores e aventureiros curiosos!
A crise que afeta todas as sociedades do mundo
Leonardo Boff2, em palestra em que discutia “A Ética e a Formação de Valores na Sociedade” 3, afirmou que as sociedades do mundo estão vivendo uma crise estrutural, que atinge os fundamentos da civilização que construímos nos últimos séculos: hoje, globalizada.
Ele divide esta crise em 3 eixos fundamentais: apartação social, sistema de trabalho e alarme ecológico. O primeiro refere-se à pobreza, em que o risco é que a sociedade aceite essa apartação como algo inevitável, levando à percepção de que os laços de cooperação e solidariedade são mínimos em todo o mundo. O segundo diz respeito à crise de emprego, decorrente da hegemonia do