O mundo moderno e sua configuração (1) prefácio e introdução: modernidade – ontem, hoje e amanhã (p. 11 – 40
O trabalho do autor baseia-se em sua própria experiência e conhecimento quanto ao modernismo, tendo citações e conceitos de Marx e Dostoievski entre outros autores, Berman afirma que ser moderno é viver uma vida de paradoxo e contradição. Põe em evidencia como a modernidade vem moldando a sociedade atual, tendo o poder de destruir comunidade, valores, vidas e transformando o mundo das imensas organizações burocráticas no nosso mundo. Ainda demonstra que o modernismo para nós é realismo, já que vivemos fazendo parte desse mundo bem presente que envolve a todos nós, considerando as experiências que vivenciamos no dia-a-dia, designando tais experiências como “modernidade”. No ambiente em que vivemos, encontramos tantas promessas sobre aventuras, alegria, crescimento, transformação das coisas ao nosso redor, e ao mesmo tempo nos encontramos no dilema de todas essas coisas simplesmente sumirem de nosso convívio. A síntese de todas essas coisas, nos dá a ideia de aproximação a toda a humanidade, independente das fronteiras geográficas e raciais, classes e nacionalidades, religiões e ideologias, unindo de certa forma as pessoas. Ao mesmo tempo, esse ambiente “moderno” nos coloca a desunião, considerando a infinidade de mudanças constantes, lutas, ambiguidades e etc. Ressaltando a ideia de Marx de que tudo que é sólido desmancha no ar. O autor deixa clara a intenção de passar por toda a história da modernidade, investigando os pontos que influenciam até os dias de hoje, também evidenciando o que alimenta a vida moderna como, por exemplo, as grandes descobertas nas ciência físicas, a nossa imagem do universo e do lugar que ocupamos nele, a industrialização da produção, transformando o conhecimento em tecnologia, criando novos ambientes, acelerando nosso próprio ritmo de vida, explosão demográfica, fazendo as pessoas se deslocarem de seu lugar de origem a procura de