o mundo do silencio
Ângela Cruz Blauth - Faculdade de Psicologia, PUCRS. Estagiária do Serviço de
Atendimento e Pesquisa em Psicologia (angela.blauth@acad.pucrs.br). Marina
Gregianim Rocha. Julia Milman Bugin. Professor Orientador - Celito Francisco
Manguarda.
A aprendizagem é o processo pelo qual o conhecimento é adquirido ou modificado através da interação entre a estrutura mental e o meio ambiente.
Considerando que todas as pessoas são diferentes em sua estrutura, além de viverem sob circunstâncias ambientais diversas, pode-se pensar que as crianças com o diagnóstico de surdez, necessitam de estímulos para aprender que não necessariamente os mesmos que outras crianças.
O presente trabalho foi realizado através da observação de alunos em uma escola especial para crianças surdas-mudas.
Também foi observada a consulta à uma
fonoaudióloga de uma menina de dois anos de idade, com deficiência auditiva moderada. A observação prática juntamente com o embasamento teórico, teve como objetivo aprofundar o conhecimento sobre as crianças com esta necessidade especial, procurando entender quais as peculiaridades as diferenciam de outras crianças, principalmente a respeito de como aprendem e se comunicam, além de destacar o que é comum a estas e outras crianças.
Ao concluir o trabalho, destacamos algumas dificuldades na aprendizagem de crianças com deficiência-auditiva. A língua de sinais se diferencia do português comum e acaba por se tratar de outra língua, o que muitas vezes pode dificultar a leitura e a escrita. Por outro lado, são crianças sensíveis à comunicação corporal, tendo os gestos, mímicas, olhares, sorrisos e expressões, uma substituição da voz, e uma importante forma de aprender e comunicar afeto. Chamou-nos atenção a grande vontade de se comunicar, e assim como toda criança, a espontaneidade, que não era atrapalhada pela falta de audição.