Etica
Apresentação A possibilidade de abrir espaços para trocas com colegas parece-nos sempre ser uma atitude louvável ao mesmo tempo que prazeirosa. Desde já gostaria de agradecer ao convite para esta oportunidade2 de poder trazer alguns elementos que nos ajude a fazer juntos algumas relações existentes entre Ética Profissional e Sigilo. Quando me coloquei a refletir algumas coisas sobre este tema comecei a me dar conta de que na contemporaneidade somos expostos a inúmeras fontes de informações, isto a princípio tornaria difícil a questão do sigilo frente a algo. Mas logo percebi que não era desta perspectiva de sigilo que poderia me reportar com relação ao fazer psicológico. Então, fui assaltado por perguntas como: afinal, o que é sigilo? Para que serve no âmbito dos saberes psicológicos? A quem se destina? Permiti-me seguir com as inquietações e me veio a idéia de que o sigilo parece estar ligado a duas outras coisas também importantes: o silêncio e o cuidado. Baumam (1998) em seu texto “Mal-estar da Pósmodernidade” aponta-nos no sentido de indicar que nos conduzimos como turistas e vagabundos num mundo caótico. Se isso faz sentido, que relação parece haver entre sigilo, silêncio e cuidado? O fio de Ariadne que liga estas questões na dimensão profissional parece ser a o lugar que ocupa a técnica e a ética frente aos desafios da práxis. Assim, propomo-nos como objetivo geral desta comunicação transitar entre os conceitos de sigilo e ética profissional a partir de uma visão fenomenológica existencial. Procuraremos também mais especificamente enfocar o lugar da técnica frente aos desafios éticos no sigilo profissional. Faz-se necessário ressaltar que nossa idéia não tem como pressuposto encontrar respostas “verdadeiras” sobre o sigilo e a ética profissional, mas tão somente sinalizar articulações, pontos de encontros e desencontros para que com isso possamos nos colocar de maneira mais perspectivista com relação aos