O mundo de sofia

Uma análise do Mundo de Sofia, sobre a imagem e a importância da Filosofia

"A única coisa de que precisamos para nos tornarmos bons filósofos é a capacidade de nos admirarmos com as coisas."

O livro O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder, foi editado pela primeira vez, em 1991. A história do livro gira basicamente em torno da garota Sofia Amundsen, que às vésperas de seu aniversário de 15 anos, começa a receber cartas e postais misteriosos, com perguntas filosóficas do tipo: "Quem é você?", "De onde vem o mundo em que vivemos?", que depois irão se transformar num curso de filosofia à distância. Fazendo uma análise de conhecimentos sobre a história da filosofia ocidental, desde os filósofos pré-socráticos aos pós-modernos.
Entre as primeiras discussões do livro o autor Jostein Gaarder compara o mundo dos humanos como "os pêlos do coelho" - usando palavras do livro - ou seja: que não percamos nunca a capacidade de nos admirarmos perante a vida, perante o mundo, pois é este o maior dom do filósofo: não ser indiferente àquilo que o rodeia, não deixar a vida se tornar uma coisa banal. Logo em uma das primeiras lições destinadas a Sofia, o professor anônimo a indaga:
"A capacidade de nos surpreendermos é a única coisa de que precisamos para nos tornarmos bons filósofos (...) E agora tens que te decidir, Sofia: és uma criança que ainda não se habituou ao mundo? Ou és uma filósofa que pode jurar que isso nunca lhe acontecerá?... Não quero que tu pertenças à categoria dos apáticos e dos indiferentes. Quero que vivas a tua vida de forma consciente."
Quem seria o filósofo no meio dos seres dentro do pêlo do coelho?
Aquele que não aceita ficar na comodidade imposta pêlos do coelho e vai, mesmo correndo perigo, até a ponta dos pêlos para enxergar algo a mais que os outros na superfície dos pêlos não conseguiram enxergar em baixo.
Para este professor anônimo, que depois revela sua identidade a Sofia, o mundo é como um coelho. As pessoas vivem suas vidinhas