o movimento negro na ultima decada
Histórico
A cultura do Brasil é constituída da miscigenação étnica cultural de três povos. Os indígenas, os africanos e os europeus. Nesse recorte os povos indígenas e africanos são os que mais influenciaram, visto que suas práticas do cotidiano são baseadas na religiosidade mitológica de suas ancestralidades. O respeito aos idosos por serem os detentores do conhecimento através de suas experiências e também pela perpetuação de seus costumes e sabedorias que são passados por eles através da oralidade. No comprometimento com as causas ecológicas, já que a natureza é fonte permanente e integrada de seus cultos e sem ela não há culto. O segmento religioso de matriz africana, enquanto parte integrante do contexto sócio histórico da identidade de resistência da cultura afro na cidade de Maceió tem relevância porque integra educação, cidadania e identidade. Por se tratar de uma das formas de resistir à condição que aqui chegaram, de indivíduos “sem alma” e sem referencial, com apenas uma única função a de produzir para a manutenção da colônia e da corte portuguesa. Sendo desde inicio de suas práticas uma expressão de articulação contra opressão, de acolhimento aos que se equiparavam aos africanos como é o caso dos povos indígenas que foram classificados como “os negros da terra”. Pontuando que de tais práticas religiosas nasce à capoeira e alguns folguedos alagoanos, como o maracatu, coco de roda, maculelê entre outros.
A forma de resistência e as tradições do segmento religioso negro e indígena alagoano, visto que as práticas religiosas africanas e indígenas se fundem por uma necessidade de concentração de forças para preservas suas tradições e identidades surgindo o culto de jurema, que atualmente a maioria das casas de matriz africana presta culto, seguindo seu próprio calendário litúrgico já que assim como a igreja católica tem uma liturgia os cultos afros brasileiros também têm a sua.