O Movimento Grevista E A Consci Ncia De Classe
Este capitulo, pretende oferecer uma resposta ás seguintes indagações: o movimento operário, através da sua luta sindical e grevista, inseriu-se num processo de avanço qualitativo da consciência, ou limitou-se a reivindicação de caráter imediatista, presas a uma ideologia não superadora do capitalismo, a uma falsa consciência?
1. As manifestações grevistas que eclodiram durante a primeira metade da década de 1930, ao contrário daquilo que procurou consagrar certa historiografia, foram, em alguns, relativamente intensas.
Os índices referentes a evolução dos salários e dos níveis de empregos também são significativos: “no auge da crise diminuíram os salários nominais e reais do operariado, seja em virtude da redução de horas trabalhadas, seja pelo corte puro e simples da remuneração paga pelas empresas”.
Em 1932 é que foi recuperado o nível real de salário dos operários, o que também ocorreu em relação aos níveis de emprego nos principais ramos industriais.
Se é verdade que o Governo varguista teve sempre uma proposta controladora do movimento operário autônomo, é certo também que a conjuntura política sofreu alterações ao longo desses anos.
As greves foram quase que exclusivamente econômicas, voltadas para a obtenção de aumentos salariais.
1930-31: Avanço e Descenso
Já em 1930 várias categorias deflagraram greves, na sua quase totalidade após os eventos de outubro de 1930, que levaram Getúlio Vargas ao poder.
1932: A recuperação
O ano de 1932 marcou um momento ascensional da luta dos trabalhadores, especialmente no período que antecedeu o levante armado em são Paulo.
A paralisação teve a duração de aproximadamente 15 dias e teve a intervenção do ministro do trabalho, sendo que as reivindicações foram atendidas.
1933: Um novo descenso O ano de 1933 deu continuidade ao descenso do movimento grevista verificado desde a segunda metade do ano de 1932. São poucas as referencias a paralisações, em sua maioria