O MOVIMENTO DAS OSTENTAÇÃO
Ostentação é o ato de exibição de bens tangíveis, propriedades e poder que fazem reverência ao luxo e riqueza. Os sinais ostentatórios podem ser vistos na sociedade há muito tempo, desde a era de Luis XIV da França, passando pelo período pós Revolução Industrial onde o sociólogo americano Thorstein Veblen reconhece a classe ociosa e seu consumo ostentatório, até chegar a este século onde sua mais nova característica é o funk ostentação, que dispõe da análise antropológica de Hermano Vianna.
Mas a ostentação é uma característica presente apenas nas classes sociais mais altas? A classe C copia a classe A? Uma compete com a outra? O que é necessário para a prática da ostentação? Quais são os reflexos de um reinado que aconteceu há séculos na sociedade atual?
O tema abordado está presente nos mais diferentes níveis sociais, culturais e econômicos no país. É necessário compreender que ostentação não é apenas mostrar o que se possui, mas que também representa um “passaporte” para inclusão social.
A ostentação deixou de ser apenas exibição de posse e status para se tornar um estilo de vida e afirmar a ascensão social através do esforço e trabalho para as classes com menor poder econômico.
As influências de Luis XIV ao consumo e ostentação
O reinado de Luis XIV da França (1638 – 1715), que durou 72 anos,se tornou reconhecido por toda a pomposidade das perucas, roupas extravagantes, artefatos luxuosos e sua alcunha de “Rei-Sol”, o astro do sistema solar, mas também emblema de ordem e regência de todas as coisas.
Jóias, champanhe, saltos altos femininos, especiarias culinárias e grandes butiques de grifes eram marcas registradas em sua gestão. Todo este aparato luxuoso e quase excêntrico despertou o desejo de consumo em toda a Europa. Todas as classes sociais passaram a almejar um estilo de vida que se aproximasse ao máximo destes moldes. O estilo de móveis nomeado “Luis XIV” está presente até hoje em lojas de decoração.
A vontade de