O modelo das cinco forças de Michael Porter
Um dos aspectos essenciais na formulação da estratégia das empresas, em particular da sua dimensão marketing, consiste na relação entre a empresa e o seu contexto ou ambiente.
Embora este seja bastante vasto, abrangendo o mais variado tipo de forças desde as de natureza econômica, social, tecnológica, política e legal, o aspecto determinante desse contexto é o conjunto das características mais relevantes do setor ou setores, também chamados de indústrias, nas quais a empresa desenvolve as suas atividades.
A estrutura de um setor influencia e determina as “regras do jogo concorrencial” de uma forma fundamental, bem como delimita as estratégias potenciais que a empresa pode vir a adotar e implementar. A intensidade concorrencial num setor não é um fator do acaso.
A concorrência numa indústria baseia-se na respectiva estrutura econômica e ultrapassa o comportamento das empresas que nela operam.
A intensidade concorrencial de um setor depende de cinco forças básicas: o número de concorrentes e a sua rivalidade em determinado momento; a entrada de novos concorrentes; o poder de negociação dos clientes; o poder de negociação dos fornecedores; o aparecimento de produtos substitutos.
É a partir da conjugação do impacto relativo de cada uma destas forças que é determinada a rentabilidade potencial do setor.
O objetivo estratégico de cada empresa será o de encontrar uma posição nessa indústria que permita defender-se das cinco forças referidas ou influenciá-las a seu favor. Como todos os concorrentes conhecem, pelo menos superficialmente, a existência dessas forças, o importante, para a formulação da estratégia empresarial consiste numa análise profunda das raízes dessas forças. O conhecimento dessas raízes permite uma melhor utilização dos pontos fortes. e a correção dos pontos fracos da empresa permite identificar as alterações estratégicas mais aconselháveis e as áreas mais atraentes ou mais arriscadas