o mito e eco e narciso
Conta o mito que uma ninfa chamada Liríope certo dia foi banhar-se em um rio. Este rio sentiu-se atraído por ela. Da relação dos dois nasceu uma criança muito bela chamada Narciso, cuja mãe, ao constatar a beleza do filho, ficou muito preocupada, pois para os gregos quem ultrapassava a medida corria perigo. Para se tranqüilizar quanto ao futuro do filho, procurou o oráculo Tirésias, que perdera a visão e, por isso, era capaz de ver o que a maioria não via. Tirésias falou-lhe que nada aconteceria com Narciso se ele não visse a própria imagem. Narciso cresceu e, por conta de sua
Caravaggio
beleza, despertava a atenção dos humanos e das ninfas que conviviam com ele.
Um dia, uma ninfa chamada Eco – que também tinha uma história: era falante e capaz de entreter quem conversasse com ela pela sua capacidade de se expressar – apaixonou-se por Narciso. Zeus, percebendo a habilidade da ninfa, levou-a para Olimpo para entreter
Hera, enquanto ele saía para as suas conquistas. Essa situação repetiu-se muitas vezes até que um dia Hera descobriu que estava sendo enganada e voltou sua ira contra Eco, impedindo-a de pronunciar suas próprias palavras. Desse dia em diante, ela só seria capaz de repetir as últimas palavras pronunciadas pelos outros. Narciso, voltado para si mesmo, não foi capaz de perceber o amor que ela lhe dedicava. A desatenção dele fez com que Eco fosse definhando até se transformar em um rochedo capaz somente de repetir as últimas palavras ditas pelos outros.
A incapacidade de Narciso de ver Eco provocou a ira de outras ninfas, companheiras de Eco, que clamaram vingança. Pediram a uma deusa que castigasse Narciso. Ela, então, permitiu que ele contemplasse a própria imagem. Um dia foi a um lago beber água e se viu refletido na água, ficou fascinado pela sua própria imagem e não mais conseguiu abandonar aquele lugar, buscando, sem conseguir, entrar em contato com quem via. Como Eco, ele também foi