O mapa não é o território
“O mapa não é o território”, assim reza um dos pressupostos da Programação Neurolinguística. Quando se fala em mapa, a primeira idéia que vem à mente é um desenho que representa geograficamente um determinado território. A representação de algo, no entanto, não revela o que é de fato o objeto representado. Na Geografia, por exemplo, um mapa não mostra absolutamente a realidade do território, uma vez que este pode ser constantemente modificado por variáveis diversas: chuvas, inundações, erosão, terremotos, furacões, entre outros. Esta introdução ajuda a compreender como acontece a percepção do mundo pelo ser humano. Tudo o que é assimilado e percebido pelo corpo é feito através dos sentidos. Estes, por sua vez, registram partes do todo, limitando assim a percepção absoluta do real. As informações então registradas constroem uma espécie de mapa interior que servirão também como guia das ações humanas. A realidade percebida relativamente somada a outros filtros como linguagem, educação, cultura, limita a interpretação das informações assimiladas. Sendo assim, de certa maneira a mente humana pode omitir, distorcer e generalizar fatos, situações, palavras; ou seja, tudo o que é registrado. Isto explica a existência de tantos conflitos internos e externos ao homem. Porque tudo que se vê, se ouve, se experimenta não corresponde totalmente ao que de fato é. Algumas informações acabam perdidas e nem sempre o que é percebido por uma pessoa é registrado por outra. Assimilando partes distintas do real, a verdade de um pode não ser concebida como verdade por outrem. Quantas divergências não existem, por exemplo, na comunicação? Isso porque também esta é limitada pela interpretação do mundo percebido. Portanto, quanto mais consciente do todo, melhor é a compreensão da realidade, do outro e de si mesmo e menor a probabilidade de conflitos. Para tanto, é necessário acolher os diversos pontos de vista e estar realmente