Mapa cor de rosa
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O chamado Mapa cor-de-rosa seria o documento representativo da pretensão de Portugal de soberania sobre os territórios sitos entre Angola e Moçambique, nos quais hoje se situam a Zâmbia, o Zimbábue e o Malawi.
A disputa com a Grã-Bretanha sobre estes territórios levou ao ultimato britânico de 1890, a que Portugal cedeu, causando sérios danos à imagem do governo monárquico português.
Enquadramento histórico
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Face ao crescente interesse das potências européias pela África, ao final do século XIX, tornou-se claro que Portugal deveria também definir uma nova política africana já que a crescente presença inglesa, francesa e alemã naquele continente ameaçava a tradicional hegemonia portuguesa nas zonas costeiras de Angola e Moçambique.
Com base no chamado direito histórico alicerçado na primazia da ocupação européia, Portugal reclamava vastas áreas do continente africano, embora, de fato, apenas dominasse feitorias costeiras e pequeníssimos territórios ao redor dessas. Contudo, a partir da década de 1870 ficou claro que apenas o direito histórico não seria suficiente e que a presença portuguesa dependia do alargamento para o interior das possessões reclamadas.
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João Andrade Corvo
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Para tal começaram a ser organizados planos destinados a promover a exploração do interior da África. Em 1877 foi lançado, por João de Andrade Corvo, um conjunto de iniciativas de exploração destinadas a conhecer a zona que separava as colônias de Angola e Moçambique, que levaram às famosas expedições de Hermenegildo Capelo,Roberto Ivens e Serpa Pinto, integradas numa nova, e então pouco aceite, estratégia portuguesa para o continente africano que privilegiava a ocupação efetiva através da exploração e colonização em detrimento dos simples direitos históricos.
A gênese do mapa cor-de-rosa
Predominando em Portugal a visão colonial que assentava ainda nos direitos históricos, o governo português começou por