O mais belo objecto de consumo: o corpo, retirado do livro A Sociedade de Consumo, de Jean Baudrillard

1100 palavras 5 páginas
Gustavo Assis
Fichamento do texto O mais belo objecto de consumo: o corpo, retirado do livro A
Sociedade de Consumo, de Jean Baudrillard

O corpo é um fato cultural, é a materialização de quem somos, do jeito que andamos e de nossos sentidos. Sua importância varia basicamente de cultura para cultura.
Ora seja em que cultura for, o corpo também é relacionado a sociedade. Na ordem tradicional como, por exemplo, a camponesa, não há investimento e nem um percepção do próprio corpo, mas uma visão instrumental/mágica, induzida pelo processo de trabalho e pela relação com a natureza.
, .Na ordem capitalista, coleções de outono/ inverno ainda mal chegaram e todo armário está fora de moda. Dias mais frios ou mais quentes, as lojas enchem, promoções e parcelamento acontecendo. Hoje a publicidade tenta convencer as pessoas do próprio corpo, e isso torna o corpo um objeto de consumo, é necessário que se invista, tanto economicamente como mentalmente. Mas o que pagamos? Um produto ou uma sensação? Segundo Baudrillard, não consumimos coisas, somente signos. Temos uma cultura de consumo na nossa sociedade. O indívíduo tem a seu dispor vários objetos, que podem ser adquiridos para o próprio conforto ou para adquirir um estatuto que gostaria de ter. O que torna uma pessoa rica ou pobre?
Podemos ser ricos mas não aparentarmos ser, como também podemos não ser ricos mas aparentarmos ser. Vivemos numa sociedade de aparências. Não consumimos o objeto pelo objeto, mas pelo significado desse objeto.
A beleza nem sempre foi o que é hoje, hoje ela tem um padrão ditado pela moda mas com base no consumo. Roupas, acessórios, salão de beleza... Para a mulher ser bela e estar em forma é um estatuto, dentro da sociedade. Todos os que não se ‘’encaixam’’ nesse estatuto (nesse padrão), são considerados desmazelados, descuidados, e de certo modo são excluídos por isso. Cada pequena parte do nosso corpo é passível de consumo, em dois sentidos, porque o corpo consome e é

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