O lúdico na matemática

REDAÇÃO MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL
Wisney Adriano de Menezes
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas de Goiatuba / FAFICH
Na maioria das vezes preocupam-se com a quantidade de pessoas capazes de “ler e escrever um bilhete simples”, embora relevantes, são insuficientes. Com efeito, as práticas de leitura demandadas pelas sociedades que se pautam na cultura escrita são muito mais amplas, diversificadas e complexas do que um bilhete simples. Por isso, tornou-se necessário investigar com mais cuidado o fenômeno do alfabetismo, para que se pudesse conhecer um pouco melhor as condições e os recursos de que as pessoas dispõem para enfrentar as demandas de seu cotidiano e identificar contribuições que a escola poderia prestar para a democratização das relações da população com o mundo da escrita. Nesse sentido, as condições de letramento incorporam em condições de numeramento, que se voltam para as práticas sociais que mobilizam conhecimentos associados aos números, às medidas, ao espaço, às formas e às representações por meio de gráficos, tabelas ou diagramas. De acordo com a pluralidade do numeramento reflete a diversidade de práticas sociais que envolvem quantificação, medição, ordenação e classificação em contextos específicos, estreitamente ligados aos valores socioculturais que permeiam essas práticas. Essas dificuldades devem ser tomadas como alerta pela escola sobre a necessidade de desviar o foco de uma abordagem ainda excessivamente preocupada com técnicas de cálculo para a construção de espaços de discussão de estratégias diversas como a Redação Matemática, nesse momento representada por uma oficina que envolve a escrita e a leitura através da matemática em: cartas, cartoons, poesias, paródias e mapas conceituais, contemplando questões do cotidiano, não como um reducionismo, mas justamente em sua complexidade e multiplicidade de fatores e expressões envolvidas, possa revelar possibilidades, e também limites, dos instrumentos e dos critérios