O LIVRE ARBITRIO HUMANO E O LIVRE ARBITRIO DE DEUS
Esta Tese retoma o debate que levou Lutero a intuir a liberdade absoluta do Deus bíblico, e o seu contrapeso natural, o Livre Arbítrio humano. Sem a pretensão de anexar esta Tese às 95 de
Wittenberg seria nosso intuito porventura corrigir distorções históricas posteriores no que concerne à doutrina da SOLA GRATIA
No sec. IV, a barbárie fora submetida pela Igreja, mas ela própria secularizando-se, interiorizou o temporal. Oficializando uma liturgia exterior, a missa, fez exterior o que por definição é interior, o culto.
Ao usurpar o lugar do mediador Jesus, a Igreja passou a ser mediadora, substituindo Jesus. O monopólio dessa mediação pela hierarquia tornou a fé uma questão de direito exterior. Pecado, salvação, etc, tornam-se controle intimidatório que policia comportamento.
Desobrigado de uma transformação real, o pecador recupera o estado perdido valendo-se de atitudes externas monitoradas pela hierarquia. Houve uma inversão, o homem passa a exibir exteriormente algo que não existe interiormente. A coação exterior compenetra assim a liberdade interior.
Uma “crença” como narrativa estipulada em dogma, substitui a Fé enquanto “comprovação das coisas que não se vêm” ( Hebreus 11, 1)
A sanção da hierarquia da vez. ao sacramentar autoritariamente os artigos dessa crença , exigindo adesão mental irrestrita por parte do rebanho, constitui tal Crença em novo corpo jurídico que, ironicamente vem impor-se com força de Lei em lugar da Antiga Lei, que devia supostamente perimir sob o reinado da Fé e da Graça.
É sobre uma Igreja em estado de decomposição que recai a maior culpa que a história já conheceu. Impondo um ensinamento turvo e desfigurado em