O litoral Português
GEOGRAFIA – 10º G
MÓDULO 1 – O QUADRO NATURAL DE PORTUGAL: O RELEVO
Prof. Mário João Ribeiro
Ano Letivo 2012 / 2013
Novembro de 2012
PROCESSOS EROSIVOS NO LITORAL PORTUGUÊS
Fig.1
Fig.2
O litoral português é pouco recortado. Os principais acidentes da costa correspondem ao estuário dos principais rios, destacando-se aqui o Vouga e a sua
“Ria” de Aveiro. Podemos falar também das pequenas baías de Peniche e do seu tômbolo e da também impropriamente chamada “Ria” de Faro. As saliências da costa são em pequeno número, destacando-se mais pela altitude do que pela sua extensão - Cabo Mondego, Cabo Carvoeiro, Cabo da Roca, Cabo
Espichel, Cabo de Sines e Cabo de S. Vicente - geralmente associados à proximidade de relevos recentes e à presença de rochas duras (Figuras 1 e 2).
Encontramos costa rochosa em zonas de rochas mais duras (granitos, quartzitos, xistos metassedimentares e calcários) e de relevos recentes, de pequena altitude (Boa Viagem, 262 m; Sintra, 529 m e
Arrábida, 501m), a norte de Espinho, na Estremadura meridional (de Sines à Arrábida), na costa vicentina
alentejana e no Barlavento Algarvio, de Sagres a Albufeira. À costa rochosa não corresponde obrigatoriamente uma costa de arribas ou falésias. Assim, no noroeste de Portugal é frequente encontrarmos costa rochosa mas baixa (Fig. 3 e 4).
Fig.3 – Praia da Amorosa, Viana do Castelo
Fig.4 – Praia da Madalena, Vila Nova de Gaia
As áreas de praia (costa baixa e arenosa) coincidem com zonas de deposição de sedimentos, areias e arenitos. Na figura 5 vemos a extensa praia de Quiaios, a norte do Cabo Mondego (Serra da Boa Viagem). O cabo, detendo as correntes vindas de norte levou à acumulação de sedimentos numa vasta área até à proximidade de
Espinho. Esta saliência da costa protegia a área a sul da ação erosiva do mar, pelo que, também aí, na Figueira da
Foz, se desenvolveu uma extensa praia (Fig. 6). A serra da Boa Viagem, um pequeno