O Leviatã
DA SENSAÇÃO
Para Thomas Hobbes, os pensamentos dos homens podem ser observados de duas maneiras: de forma individual e em seu conjunto. Individualmente significa representação de alguma qualidade externa a nós, a qual denominamos objeto, o qual atual em nosso órgãos sensoriais e no corpo humano, fazendo com que surjam variadas aparências, que chamamos de sensação. Assim, a sensação é a ilusão originária causada pelo movimento das coisas exteriores nos nossos olhos, ouvidos e outros órgãos, sendo, nada mais que meras fantasias originais.
DA IMAGINAÇÃO
A imaginação é uma sensação diminuída, e encontra-se nos homens, tal como em muitos outros seres vivos, quer estejam adormecidos, quer estejam despertos. Quanto mais tempo decorrer desde a visão ou sensação de qualquer objeto, tanto mais fraca é a imaginação. Assim como a distância no espaço torna nossa visão embaçada, a distância no tempo deixa a imaginação do passado mais fraca, chegando ao ponto de restar apenas uma memória.
A imaginação se classifica como simples (alguém imagina algo que já viu anterior) ou composta (ficção mental).
DA CONSEQUÊNCIA OU SÉRIE DE IMAGINAÇÕES O discurso mental vem a ser a consequência de uma série de imaginações, uma sucessão de um pensamento a outro.
O ser humano não possui imaginação que não seja precedida de sensações; pois, “todas as fantasias são ações verificadas dentro de nós, relíquias das que operam em nossa sensação”.
DA LINGUAGEM A linguagem serve para colocarmos nossa idéias interiores (discurso mental) no plano verbal através das palavras, surgindo assim, os signos.
Não existe razão sem linguagem.
Os nomes referentes à linguagem podem ser negativos ou positivos,. “Uma afirmação é falsa se dois nomes que a compõe, unidos para formar outro, não significam absolutamente nada” e “quando um homem, após ouvir uma frase, pensa que as palavras da referida frase estão em conexão, dizemos que ele a entendeu”.
DA RAZÃO E DA