Leviata
No Leviatã vemos como a sociedade melhor se organiza, quando o Estado controla os poderes e as ações do homem. Ele afirma que onde não há lei nem justiça o homem não saberá lidar com as situações do cotidiano.
O Leviatã é a sinopse do bobbismo, trata-se de seguirmos um rígido desenvolvimento dialético que nos conduz, dos homens naturais ao homem artificial, ao Estado-Leviatã. Para Hobbes no princípio de tudo está o movimento. O homem é um mecanismo. Do movimento nasce a sensação. Apetite ou desejo, aversão ou ódio, trata-se de “um pequeno começo de movimento”, ou esforço em direção a alguma coisa ou para longe de alguma coisa. O objeto da cobiça ou do anseio é o bem. O objeto da aversão ou do ódio é o mal. Nada existe de bom ou de mal em si: estes adjetivos só têm sentido relativamente àquele que os emprega. O prazer é o efeito do bem. O desprazer, o efeito do mal. O mal soberano, supremo, é a morte. A dor causada pela infelicidade de outrem é a piedade; decorre da ideia de que análoga infelicidade nos pode atingir.A vontade, o ato de desejar, não é mais do que “derradeiro apetite ou derradeira aversão que encerra o debate redundando imediatamente em agir ou não agir.” “ o que se chama felicidade” existe quando nossos desejos se realizam com um sucesso inabalável. O poder é a condição sine qua non para esta felicidade. Para o autor o homem se diferencia dos outros animais pela razão, que é apenas um cálculo, pela curiosidade ou “desejo de conhecer o porquê e como”; pela religião que provém, não só desse desejo de conhecer causas... Mas também da ansiedade do futuro e do temor do invisível. “Lê em ti mesmo” a natureza do homem, disse Hobbes. O homem, porém, não vive sozinho, aí está a sua condição natural. Para todo homem, outro homem é um concorrente como ele, ávido pelo poder sob todas as suas formas. Concorrência, desconfiança recíproca,