O Jeitinho Brasileiro Aplicado A TI
Baseado no texto “O pequeno truque” de Nelson Vasconcelos, que trata sobre a percepção de um grupo de empresários da Alemanha acerca do “método” brasileiro de negociar, conhecido no panorama nacional e até global como “jeitinho brasileiro”, é possível fazer diversas conexões com a realidade dos profissionais que atuam na área de Tecnologia da Informação.
O perfil alemão de negociar é semelhante, em tese, ao método que os analistas de T.I. necessitam para que os projetos sejam desenvolvidos sem falhas, no entanto, esta não é a realidade presente em diversos ambientes profissionais. Inúmeros fatores como a redução de custos, a implementação de novas regras em prazos curtos, profissionais inaptos para suas funções e até a sobrecarga de atividades que leva o profissional de T.I. a se utilizar do famoso “jeitinho brasileiro” para lidar com as situações de dificuldade que requerem agilidade, conhecimento, experiência e habilidade, visando atuar de forma “satisfatória” em ações imprevistas.
O que parece ser “satisfatório” numa visão precipitada, no futuro pode desencadear a necessidade de diversos profissionais atuando na correção das falhas que foram deixadas para trás ao longo do processo, em virtude dos fatores citados acima. Pois ao invés de seguir o método alemão que propõe concluir um passo de cada vez, muitos profissionais desta área que atuam no Brasil, quando se encontram emperrados em um problema, eles preferem pular para fase seguinte, o que remonta a diversas experiências da minha carreira profissional, quando fui designado para identificar a causa, regularizar o cenário atual, encontrar uma solução para o problema e implementá-la no processo para que esta falha não venha acontecer novamente.
Mesmo aparentando ser uma ação simples, demandar recursos (infraestrutural, financeiro e humano) para a correção de processos acarreta em custos, tempo e frustação profissional, pois o profissional que deveria estar ocupado