O INVESTIMENTO DIRETO ESTRANGEIRO DA COREIA DO SUL
O INVESTIMENTO DIRETO ESTRANGEIRO DA COREIA DO SUL: 1997-2010
O objetivo do texto é apresentar as mudanças ocorridas no fluxo e no estoque de Investimento Direto Estrangeiro (IDE) da Coreia do Sul a partir da crise financeira de 1997 até 2010, com a atenção voltada para os investimentos realizados pelas empresas do país no exterior.
O autor nos mostra que a economia da Coreia do Sul passou por significativa reestruturação após a crise de 1997. Entre as mudanças ocorridas, mereceu destaque a liberalização do mercado de capitais que desde então tem permitido a entrada e a saída de IDE com poucas restrições. Mesmo com o forte impacto da crise de 1997 sobre a economia coreana, ela voltou a crescer firmemente a partir de 1999, ainda que com taxas menores que as das décadas anteriores.
A crescente internacionalização das empresas do país foi uma tentativa de conquistar mercados e tecnologias que apoiassem o crescimento interno sul-coreano e de aumentar a competitividade das empresas a partir da redução dos custos de produção.
Alguns dos principais fatores que tem empurrado as empresas coreanas para o exterior foi o forte aumento do custo de mão de obra e saturação do mercado local. O aumento do custo de mão de obra foi um dos aspectos mais importantes na perda da competitividade das empresas coreanas na década de 1990 e tiveram, por isso, papel relevante na crise de 1997. Já a busca de novos mercados tem sido vital para as empresas coreanas, uma vez que o mercado sul-coreano encontra-se saturado para as grandes companhias em diversos setores.
Um outro ponto importante é o impacto que o IDE tem sobre a atividade econômica do país investidor. Primeiramente, os investimentos feitos pelas empresas sul-coreanas na Ásia têm tido impacto significativo sobre o aumento do comércio de bens intermediários. Em segundo lugar, os investimentos coreanos no exterior tem impactado positivamente o emprego, o comércio e a produtividade