O impacto do Twitter nas manifestações em Natal
Twitter foi ferramenta essencial para mobilização durante manifestações de rua
Jefferson Bernardino
Lucas Félix
O Twitter alcança um destaque global ao ser o lugar de que emergem momentos históricos. Foi assim com o primeiro post sobre a reeleição de Barack Obama ou com a narração ao vivo de um vizinho de Osama Bin Laden sobre a operação que matou o terrorista. Mas a rede social dos 140 caracteres não contribui somente para momentos tão grandiosos e imediatos. O passarinho Larry também testemunha a construção de movimentos sociais relevantes.
A rede social é “queridinha” das mídias tradicionais e não são raros os programas de TV que inserem posts oriundos do Twitter na tela, mas a massa popular enveredou a presença do microblog nas grandes manifestações de Junho de outras maneiras.
Tanto com a marcação das atividades quanto com a transmissão ao vivo delas, os manifestantes, incluindo aí a já célebre Mídia Ninja, usaram e abusaram de posts que imediatamente alcançavam grande repercussão, mesmo durante a Copa das Confederações. É de lá também que vieram denúncias e provas contra abusos policiais, seja agora na mobilização nacional, ou bem antes, quanto Natal sozinha já se unia na onda do #ForaMicarla. Aliás, o primeiro movimento acabou conseguindo êxito e a prefeita deixou o cargo antes do final do seu mandato. O mesmo se repetiu na #RevoltadoBusão, quando o aumento de 20 centavos na tarifa foi revogado já pelo prefeito Carlos Eduardo. Prova de que a união faz a força, certo?
Para o professor Antonino Condorelli, que leciona na Universidade Federal do Rio Grande do Norte e foi responsável pela criação da primeira especialização em mídias sociais do estado, esse modelo contra-hegemônico tende a crescer, porém ainda coexistindo com o formato tradicional. Em resumo, os diferentes pontos de vista se integram, sendo que o grande beneficiado com isso é o público, que passa a dispor de mais amplos pontos de vista. Quanto à