o homem e a necessidade dos mitos
Ronaldo Sarmento1
Este trabalho pretende enfatizar o desenvolvimento das sociedades humanas e a participação dos conceitos míticos que serviam de base para a formação familiar, de cada indivíduo e a comunidade a que este pertencia. Sendo assim, pretende-se aqui fazer uma exposição de como as sociedades humanas criaram os mitos e se apoiaram nos mitos através dos tempos.
Além disso, este breve ensaio tem por objetivo também fazer exposições teóricas a respeito do tema da religiosidade e seu entrelaçamento com os mitos, embasado em autores que se dedicaram a buscar uma explicação e uma razão social para a existência da religião no seio da sociedade humana como inerente a esta desde o princípio das suas organizações sociais.
A busca e o respeito constante pelos antepassados vão criando no seio das sociedades primitivas não só o desenvolvimento da religião, mas a complexidade desta, fazendo com que o homem torne o aspecto religioso primordial na vida social.
A religião torna-se um dos pilares fundamentais que vai criar no âmago da sociedade primitiva uma relação de poder entre os líderes das religiões domésticas e os seus demais componentes.
Entende-se que a exploração das questões referentes à religião amplia as discussões para todos os interessados no tema e contribui de forma valorosa para o constante movimento de construção subjetiva, material e política; e, deve manter uma regularidade, uma constante atenção à reconstrução dialética de cada prática ritualística referente a cada sociedade, desde o momento em que o homem começa a desenvolver as práticas religiosas com finalidades organizacionais.
Palavras chave: Mito, Cultura, Religião.
Introdução
O homem, desde o momento de sua organização em sociedade, está colocado num processo que se caracteriza por seu caráter contínuo e dinâmico. Nesse processo o homem e, consequentemente, o produto de sua inteligência é relido e devolvido para si e para o grupo no qual