O homem e sua criação: Itinerário de vida e obra de Manoel de Barros em suas Memórias inventadas. ¹
Itinerário de vida e obra de Manoel de Barros em suas Memórias inventadas.
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Jaelyca Carolina Ferreira de Souza
Graduanda do curso de Ciências Sociais e bolsista do PETCIS
Ailton Siqueira de Souza Fonseca
Professor Dr. do DCSP/UERN
Tutor do PETCIS
Resumo:
Fazendo uso de uma linguagem destroncada, da palavra como semente para criar e atribuir significação as coisas, o olhar do poeta Manoel Barros é aquele olhar minimalista para as coisas e é através dele que ele cria e reinventa novos sentidos para sua vida, os objetos circundantes e para a gramática. Essa pesquisa – que se encontra em andamento no PETCIS propõe compreender e analisar como o autor, a partir dos 3 volumes de suas Memórias inventadas da infância busca sua própria identidade, traça sua autobiografia baseada em sua narrativa que deixam o leitor sem saber onde começa e termina o fato e a ficção, o real e o imaginário. Para essa compreensão usamos autores como Castoriades, Bachelard, Barbier e toda uma fortuna crítica sobre a obra desse poeta. Constatamos, até agora, que é por meio das palavras inventadas que o poeta faz nascer aquilo que não pode morrer. O verbo inventado trás consigo novos significados e fazem recriar seu universo pessoal, poético, imaginário.
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Palavras-chave: Criação, Poética, Memória.
Área de conhecimento: Sociologia
Introdução
Em matéria de poesia tudo está prestes a vir a ser, estamos acostumados a maneiras coletivas de pensar, crer e imaginar; As próprias ciências humanas passaram muito tempo negligenciando esse caráter subjetivo do individuo. A partir do momento em que atribuímos ao ser uma dimensão transversal, múltipla e complexa, podemos tentar uma proximidade com toda a sua totalidade. Quando passamos por uma renovação do olhar, conseguimos consequentemente enxergar a poesia como uma forma de arte, de expressão de apreensão do conhecimento em todos os desejos, sentimentos, o homem em toda a sua humanidade