Pecequilo - anotações
O segundo submomento (1898 a 1945) é marcado pela transformação da política externa, não mais como mero instrumento de política interna, mas como sustentáculo da ascensão de poder norte-americano no mundo. Em outras palavras, a partir daí, haverá um engajamento maior no sistema internacional, visando almejar um determinado status. Após a crise econômica decorrente do excesso de produção, os Estados Unidos percebem a necessidade de voltar-se para fora, em busca de novos mercados e dão início à chamada política das portas abertas. Ao mesmo tempo, há o reconhecimento do papel especial dos Estados Unidos no mundo e dos interesses de poder na atuação internacional. Isso é refletido em Wilson e na idéia de "missão", de exportar a democracia mundo afora e, posteriormente, de maneira mais afirmativa, em Roosevelt e na própria entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, decorrente claramente de interesses de poder (o declínio do poder britânico e a ascensão da Alemanha, e o medo de que um sistema político totalmente diferente viesse a dominar o cenário internacional).
O segundo momento (parte segunda do livro), compreende todo o período da Guerra Fria. O que caracteriza esse momento, em contraste com o anterior, é a posição reconhecida dos Estados Unidos de superpotência. Os novos pilares de condução da política externa serão a construção da ordem e a contenção. A Guerra Fria vai ser subdividida em quatro fases: a confrontação (1947-1962), a coexistência pacífica (1962-1969), a Détente (1969-1979) e o renascimento e fim da contenção (1979-1989), classificações a partir do contexto bipolar e do grau de conflito com a União Soviética. Aqui, a autora traz destaque para o espaço latino-americano e a política externa dos Estados Unidos para a região. Ela destaca o abandono da América Latina nesse momento em função do engajamento internacionalista dos Estados Unidos. Com exceção de Cuba, a América Latina não representava grande ameaça de tomada