O homem e seu papel no mundo
O homem, desde tempos imemoriais, se pergunta qual a finalidade de sua existência. Por que estamos aqui? Por que somente a nós foi dado o dom do pensamento racional?
A busca da verdade sobre a existência humana foi um dos fatores de maior influencia sobre a história humana e até hoje não foi possível definir uma resposta que possa ser considerada correta, havendo várias correntes de pensamento com pontos de vista diferentes tentando responder esta questão á sua maneira.
Os gregos acreditavam na dualidade da existência entre alma e matéria e o pensamento cristão da idade média era baseado na fé, o sentido da existência do homem estava na submissão a Deus, levando na renascença e ao humanismo em que o homem se entendendo com ser racional questionava o mundo material com sua razão, que estava subordinada a fé, ou seja, mesmo que o homem não entendesse sua finalidade, sua fé trazia segurança.
Com o surgimento da modernidade e o racionalismo, o pensamento humano passou a ser antropocêntrico, resumindo o homem a sua razão e afastando a Deus, o que levaria a redução de valor do homem-individuo na pós-modernidade.
Mas porque numa sociedade antropocêntrica, o homem teria seu valor reduzido? Não seria o contrário? O problema encontra-se no fato de em qualquer pensamento racional coerente, o valor do homem é minúsculo frente à totalidade da existência. Parafraseando Mario Cortella em sua palestra "Você sabe com quem está falando", um homem é apenas um entre outros 6,4 bilhões de seres humanos, que é uma entre 3 milhões de espécies conhecidas, que vivem em um planeta que circula uma estrela entre 100 bilhões nesta galáxia, que é uma entre 200 bilhões de galáxias que existem em um dos universos possíveis e que um dia vai desaparecer.
Olhando sobre esta ótica, realmente o valor do homem parece ser minúsculo individualmente e, portanto seu valor se resumiria a sua função na sociedade, que em uma sociedade