O homem nas políticas públicas
Isso nos trás uma reflexão entre os papeis de gênero no âmbito publico e privado.
Na sociedade, foi construído que mulher tem domínio na vida doméstica, na esfera privada, das relações interpessoais e dependência, lugar de subjetividade; já o homem tem domínio na vida pública, dos interesses impessoais, civis e universais, marcadas por pressupostos igualitários que caracterizam a relação de cidadãos independentes entre si. Atualmente essa dicotomia púbica masculina e privado feminino têm diminuído tendo tantos homens e mulheres dominando esses dois universos, entretanto ainda há uma afirmação da mulher como a responsável principal pela família e pela casa. O que pode ser percebido nas políticas de transferência de renda como o Programa Bolsa Família e o diferença entre licença maternidade e licença paternidade.
Nas políticas de transferência de renda há a proposta da matricialidade sociofamiliar que tem como foco as famílias, com uma valorização e responsabilização da família pela superação da “questão social”, com enfoque prioritário no papel das mulheres na esfera domestica, relacionando fundamentalmente a maternidade, colocando as mulheres como as principais receptoras, com a responsabilização dela pela criação dos filhos. Tendo uma premissa de que as mulheres são mais confiáveis por serem mães e por ser mulher que se dedica ao cuidado da casa e filhos, sendo, portanto mais confiáveis na aplicação correta do beneficio. O que pode ser confirmado nos estudos realizados pelo MDS, o qual 93 % dos benefícios do Programa Bolsa Família tem como titularidade a mulher, mais especificamente a mãe de família para que o dinheiro seja usado pelo bem das crianças e adolescentes para comprar comida, material escolar, calçado e roupas. Os serviços, programas e projetos