Relações entre política, estado, políticas públicas e políticas educacionais
Marta Maria Alves da Silva Balbino
A princípio, neste trabalho, daremos a definição do termo política. Sem dúvida, cada indivíduo possui seu próprio conceito de política, mesmo que não tenha consciência disso. Para muitos indivíduos política lembra partidos, campanhas eleitorais, compra e venda de votos, troca de favores, comícios, corrupção. Há quem diga que política é a manipulação do poder em benefício próprio ou de grupos específicos.
No entanto, a definição clássica de política vem do adjetivo politikós, de polis, que se refere a tudo que se relaciona à cidade, portanto ao urbano, público, civil.
De acordo com a filosofia aristotélica, a política é a ciência que tem por objeto a felicidade humana e divide-se em ética (que se preocupa com a felicidade individual do homem na pólis) e na política propriamente dita (que se preocupa com a felicidade coletiva da pólis).
Segundo Ubaldo (1998, p. 11) “a Política se preocupa (nos diversos enfoques que pode ter, venha ela como arte ou ciência, teoria ou prática) com o encaminhamento de interesses para a formulação e tomada de decisões.” Dessa forma, a política é o poder em suas diversas modalidades. Neste texto, especificamente, nos limitaremos ao poder político exercido pelo Estado.
De forma concisa, podemos dizer que o Estado é a forma como as sociedades se organizam politica e juridicamente. Para Hobbes, de quem surgiu a famosa expressão “O homem é o lobo do homem”, o Estado deveria ser a instituição principal para regulamentar as relações humanas, dado o caráter da condição natural dos homens que os impulsiona à busca da realização de seus desejos de maneira desenfreada, a qualquer preço, de forma violenta, egoísta, isto é, movida por paixões. Considerado como um dos teóricos do poder absolutista em vigor na Idade Moderna, Thomas Hobbes viveu entre 1588 e 1679. Afirmava que os homens não tiram prazer algum da companhia uns dos