O homem medieval
Clero – Teologia – Homem regido pela religião.
A relação do sagrado e profano, bem e mau, são uma luta constante entre si. Os sonhos, os santos, tudo isso é idealizado e interpretado pela religião.
A mente do homem medieval é “trabalhada” pelo contexto da religião, a exemplo disso temos os monges, que viviam em clausura da sociedade externa, buscando Deus nas escrituras.
Na Idade Média o homem é exclusivamente definido pelos preceitos teológicos da religião.
Para Le Goff a imagem de Deus não estava ligada apenas à iconografia, também estava no centro da teologia, da literatura, da espiritualidade, da devoção de homens e mulheres do período medievo.
O homem medieval sente o mundo, como algo divino, que procede de um princípio, tem uma origem e percorre um caminho previamente determinado por Deus.
Tudo para ele nessa época é voltado a Deus, desde suas vontades, até seus medos. Deus na cabeça do homem medieval é o centro do mundo.
As Mentalidades, sensibilidades e atitudes do homem medieval tinham, com toda a certeza, um único sentimento motor, a insegurança. Essa insegurança se refletia tanto sobre o campo moral, quanto no material.
A insegurança material se dava através da dificuldade de conseguir se manter, alimentar, aquecer, etc..., porém a insegurança moral se dava pelos dogmas pessimistas que eram colocados pela Igreja. Ao homem jamais era, segundo o clero, garantida a salvação, nem pelas suas boas obras nem pela sua boa conduta. O homem devia se apoiar na solidariedade do grupo onde vivia, pois em um ambiente onde o medo sempre prevalecia sobre a esperança era necessário não deixar-se corromper pela ambição. A insegurança na vida futura era tão grande que um pregador franciscano, Berthold Regensburg, disse que a chance de um homem entrar no reino de “Deus” é de 1 em 100.000. E nesse clima de instabilidade as mentalidades, sensibilidades e atitudes da Idade Média estavam