Conferencia de Berlin
A definição dos vários tipos de estruturas sedimentares, formas e orientações das camadas, numa dada seqüência estratigráfica, é de grande valor no reconhecimento do seu ambiente deposicional e na estimativa da anisotropia do reservatório. Neste poço, a areia A (Fig. 4.4) é o reservatório principal neste campo de petróleo, de porte médio, onde o FMI foi corrido em diversos poços. Este exemplo ilustra os processos sedimentares de um sistema fluvial meandrante, identificados pelos perfis a poço aberto. A curva de GR na areia A ilustra uma facies de granodecrescência ascendente, com uma base erosional abrupta. Dentro desta facies, os perfis, a poço aberto, ilustram os diferentes componentes de uma barra de pontal (Fig. 4.4).
Na barra de pontal inferior, os perfis de resistividade mostram uma separação maior e um maior conteúdo de hidrocarbonetos. Além disso, as curvas de densidade-neutrão se cruzam o que reflete os processos deposicionais de alta energia do regime fluvial. Na parte mediana da barra de pontal, o GR é mais alto, a separação da resistividade é menor e não existe cruzamento de densidade-neutrão.
Isto é causado pela deposição de arenitos de granulometria mais fina e pela acumulação de argilas sobre superfícies de acreção lateral, que também causam considerável heterogeneidade dentro destes arenitos. Na barra de pontal superior e no dique, os perfis exibem uma facies de argilosa, sem potencial para hidrocarbonetos. O imageamento elétrico do poço (Fig. 4.5) mostra que na barra de pontal inferior, os arenitos mais limpos contêm laminações cruzadas acanaladas que mergulham para o norte, refletindo a orientação principal do sistema meandrante, assim como a direção do transporte.
Tais estruturas sedimentares, normalmente, são formadas pela migração de megaondulações de areia num regime de fluxo moderado. Na parte central da barra de pontal, os dados (Fig. 4.6) indicam superfícies de acreção lateral que mergulham para o leste,