O gênero textual: bula de remédio

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A bula de remédio por ser um gênero ainda pouco explorado em sala de aula e de grande importância na vida cotidiana das pessoas, pois, conforme dados publicados pela revista Veja (10 de janeiro, 2001, p. 71, apud CARVALHO et al, 2002, p.1), o Brasil é o quinto país do mundo em consumo de medicamentos, com uma farmácia para cada 3000 habitantes, mais que o dobro do recomendado pela Organização Mundial de Saúde. O país é também campeão em mortes por intoxicação e, segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz, também citados pela revista, 30% das 80.000 mortes anuais por intoxicação têm como causa o uso indevido de medicamentos. É provável que estes (tristes) fatos estejam relacionados a uma criticável tendência à auto-medicação (sic) por parte do brasileiro. Desaprovamos a prática da automedicação (sic), mas defendemos o argumento de que o acesso às informações contidas nas bulas é um direito do cidadão.
Ao se caracterizar como um texto concreto que encontramos em nosso cotidiano, além de ter como interlocutores pessoas de áreas específicas da saúde, a bula de remédio é um gênero cuja leitura pode ser feita por qualquer cidadão, provavelmente, quando este necessitar de orientações para usar corretamente um medicamento, para cessar ou amenizar uma dor ou mal-estar. Porém, muitas vezes, para este interlocutor, é impossível a total compreensão das orientações e informações disponibilizadas nas bulas.
Há dois tipos de leitores para as bulas de remédio: o leitor leigo (paciente) e o leitor técnico (profissional da saúde). Com o objetivo de atender a essas necessidades distintas de informações, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) do Ministério da Saúde determinou a reformulação dos textos de bulas de medicamentos, cujas regras estão dispostas na resolução nº140 de 29 de maio de 2003. Esta resolução obriga os laboratórios a prepararem dois tipos de bulas: uma voltada para o consumidor, com linguagem mais simples e letras maiores, adquiridas junto ao

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