O gestaltismo e o retorno à experiência psicológica
No século XIX, os psicólogos ansiavam encontrar padrões que permitissem uma investigação experimental psicológica. Eles acreditavam que ela deveria ser analisada a partir da sua relação com o mundo físico que não se assemelhava com o mundo que é enxergado pela percepção. Por esse motivo, a sensação era considerada a essência de toa e qualquer experiência psicológica. A sensação era vista como um acontecimento fisiológico provocado pelo estimulo físico. Deste modo, a sensação é ao mesmo tempo física, fisiológica e psicológica. Em função disso, ela era conceito-chave para o estabelecimento da relação entre experiência e o mundo físico. No entanto, essa noção começou a sofrer alterações. No final do século XIX, iniciou-se na psicologia um movimento centrado na tese de que o estudo da experiência deveria incidir sobre algo mais do que as sensações. Nesse período, uma polemica marca o campo da psicologia: aquela que consistia na distinção entre atos e conteúdos da experiência. Um filosofo alemão chamado Franz Brentano afirmava uma distinção entre os atos e os conteúdos da experiência. Foi através dessa distinção que houve uma mudança nas pesquisas, pois já não se tratava de definir a experiência através das sensações, mas sim de sublinhar a importância das relações entre as sensações. Von Ehrenfels, um austríaco, através de pesquisas chamou a atenção para uma característica da experiência perceptiva, que ele denominou de qualidades estruturais. Estas não vem do campo das sensações, mas das relações entre elas e não alteram os elementos (sensações). Segundo Von Ehrenfels, elas pertencem ao campo da sensibilidade. Elas são dados sensíveis que para ocorrerem dependem das sensações.Este conceito foi fundamental para a compreensão do declínio da noção de sensação. Houve duas importantes referencias para a redefinição da experiência psicológica: a Escola de Graz e a Escola de Berlim. A Escola de Graz foi fundada