O Germinal
O filme se passa na França, no século XIX, antecedente a revolução francesa. Caracteriza o processo de produção do trabalho, no modelo capitalista, que de fato era desumano, onde os trabalhadores tinham uma condição precária, tanto no trabalho quanto na vida social.
Refletindo a exploração sofrida pelos trabalhadores nas minas de carvão de Montsou, e a necessidade do trabalho como forma de sobrevivência.
Inicia-se o filme com um operário (Etienne) a procura de emprego, por ter sido este demitido de uma ferrovia. O mesmo chega ao local das minas, onde se depara e conversa com um senhor, conhecido pelo apelido de “Boa-morte”, cujo mesmo se deu por ter sobrevivido a três acidentes decorrentes do trabalho nas minas. Nesse momento, evidencia-se o quanto o processo produtivo vivido pela classe proletária é opressivo.
Etienne, de visão contestadora, consegue o trabalho como operário, através de Toussaint, um antigo trabalhador das minas, que só o empregou por falecimento de uma das operárias. A reação dos personagens nesse momento, no que se refere a morte dos colegas de trabalho, é nula, uma vez que fatos como esse já faziam parte da rotina dos operários, considerando que não havia segurança e nem assistência médica, e muito menos preocupação por parte dos empregadores para com os seus empregados, sendo a única preocupação, o lucro obtido.
O operário recém-chegado se espanta com as condições precárias de trabalho, a miséria e a exploração a qual são submetidos os operários que ali trabalhavam. O salário era extremamente baixo, diminuindo cada vez mais, por isso todos os membros da família trabalhavam, e ainda assim a renda não era suficiente para ter uma vida digna. É nesse contexto que os questionamentos da situação de exploração e total alienação imposta aos mineiros vem à tona. Essa alienação acontece devido à falta de consciência e conhecimento, onde a classe trata o trabalho como algo alheio a ele. Sem conhecimento do seu