O futuro ser verde
Apesar da situação difícil que a Europa e o mundo, de uma forma geral, atravessam o caminho está traçado e o que há uns anos atrás seria uma miragem começa paulatinamente a afirmar-se e a entrar no nosso dia-a-dia como se de uma via de sentido único se tratasse. Falo-vos da utilização das energias renováveis. A rapidez com que o processo se foi desenvolvendo, apesar de a necessária mudança cultural não o ter acompanhado como devia, leva-nos a admitir que temos uma máquina em movimento que não será possível parar. Pode-se discutir os meios ou as estratégias utilizadas mas mesmo os mais cépticos, acabarão por admitir, mais cedo ou mais tarde, ser este o único caminho.
O secretário de Estado da Energia e Inovação, Dr. Carlos Zorrinho num artigo de opinião publicado recentemente dizia que “a evolução para um futuro mais verde usando energias renováveis e menos poluentes não é apenas uma questão de disponibilidade ou escassez do gás ou do petróleo e do seu preço relativo. É uma questão de sobrevivência, de qualidade de vida e de equidade. Uma forma de levar ar mais puro a todo o planeta e o acesso à energia aos mais de mil milhões que ainda não a tem.”
Em Portugal, o esmagamento dos preços dos produtos agrícolas aliado aos elevados custos de exploração tem levado alguns agricultores a investir, através de candidaturas ao (PRODER) programa de desenvolvimento rural, na produção fotovoltaica para auto-consumo, como forma de diminuir os custos com a energia, transformando-se assim em empresários rurais. Estima-se que os custos associados à exploração agrícola em combustíveis e electricidade no Alentejo rondem os 20% dos gastos numa exploração. Se como se espera o referido programa vier a permitir a venda de energia à rede eléctrica nacional teremos uma nova tipologia de investimento, permitindo assim aproveitar áreas não utilizadas das propriedades, proporcionando um lucro extra aos agricultores e diversificando as suas fontes de receita.
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