O futuro de uma geração - reflexão filosófica
Quando falamos em futuro, muitas vezes não pensamos em como seremos nós, os jovens de agora, a nova geração, que vamos construir esse futuro. Seremos nós os médicos, os políticos, os engenheiros, seremos os responsáveis pelo desenvolvimento do nosso Mundo. Agora, olhamos para os nossos pais, para os nossos avós, e não conseguimos imaginar-nos como eles. Não conseguimos imaginar-nos a trabalhar, a cuidar dos filhos, a pagar as contas, em suma, a ter toda a responsabilidade que ser adulto implica ter. Assim, na escola incutem-nos o sentido de responsabilidade e de dever, educam-nos de forma a termos mais hipóteses de sermos bem sucedidos a nível profissional. Em casa, os pais transmitem-nos os valores necessários para vivermos em sociedade. Visto assim, tudo parece fácil, basta aprender. O grande problema desta nova geração é, na minha opinião, a falta de empenho e o facilitismo. Este facilitismo deriva do facto de os pais tentarem dar tudo aos seus filhos, proporcionando-lhes o maior conforto possível, muitas vezes excedendo as suas possibilidades só para satisfazer os caprichos desta jovem geração na qual estou inserida. Isto conduz, muitas vezes, à falta de empenho, visto que os jovens estão habituados a ter tudo o que querem, sem se esforçarem. Então, será a que a culpa do facto de a minha geração poder não estar preparada para, um dia, governar o Mundo, pode ser atribuída a atual geração de adultos? Poderão eles ser culpabilizados pela nossa falta de dedicação, quando apenas nos tentam dar tudo o que queremos? A resposta é sim, a culpa é deles. Apesar de, quando o fazem, estarem a fazê-lo com a melhor das intenções, os nossos pais tiram-nos a vontade de tentar, de nos reerguer-mos após momentos menos bons da nossa vida, pois estamos habituados a que nos ajudem em tudo, a que, de certa forma, alcancem por nós os nossos objetivos.
Esta nova geração está também a atravessar agora uma fase complicada da sua vida: a adolescência.