O Foral de Alhos Vedros
“Vedros” deriva da palavra latina “Vetus” que evoluindo através dos séculos, deu origem ao nosso vocábulo “Velho” e “Vedros”. Assim, “Velhos” ou “Vedros”, o significado é idêntico. Até aqui não há dúvidas!
As dificuldades surgem com a palavra “Alhos”. Querem os entendidos que tenham vindo de “Alius”, também palavra latina, que significa “Outro” (de muitos) em português. Porquê então “Alius Vetus”, nome dado a esta povoação?
Os historiadores têm discutido o assunto, sem contudo terem chegado a uma conclusão, por todos aceite.
História
As suas origens remontam ao período anterior à Reconquista cristã, mas é a partir do século XVI que a sua importância é reconhecida, quando em 15 de dezembro de 1514 lhe foi atribuído o chamado Foral Novo pelo Rei D. Manuel I, sendo a terceira localidade da região a recebê-lo (depois de Palmela e Almada).
Esta crescente importância deveu-se principalmente ao seu dinamismo económico em atividades relacionadas com o rio Tejo (pesca, salicultura e transporte fluvial) e da agricultura (vinha, mel e olival, mas não só) que tão importantes foram para os marinheiros e expedições dos descobrimentos portugueses, antes e durante o reinado de D. Manuel I.
Património
Em termos patrimoniais, destacam-se a Igreja Matriz de São Lourenço, a Capela da Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros, o Pelourinho Manuelino, o chamado Poço Mourisco, e o seu moinho de maré. A maior parte dos traços das suas origens multisseculares do seu rico património natural da longa zona ribeirinha tem vindo a ser destruído, primeiro com os efeitos da poluição industrial e, depois, devido ao entulhamento das antigas salinas e viveiros piscícolas que existiam na zona de sapal.
O Reinado de D. Manuel I e a importância das terras da margem sul do Tejo em redor de Lisboa
D. Manuel I nasceu em Alcochete em