"O fio das palavras"
Por Nanny João procura ajuda terapêutica para solucionar seus problemas. No começo ele não acredita muito, pois na primeira sessão ele acha que o terapeuta ira cura-lo, simples como um remédio, porém depois ele sente que esta no caminho correto. A relação de cliente e terapeuta precisa ser de intimidade, os dois precisam procurar algo em comum, que no caso de João é a cura. O terapeuta não tem um só foco, que é curar o sintoma que João levou ao consultório, mas o foco do terapeuta é o paciente como um todo e isso faz com que o paciente encontre caminhos em si mesmo para solucionar seus problemas.
O sofrimento de João era tanto físico quanto mental, ele sentia náuseas, forte dores no estomago, causadas pelas perturbações psíquicas por rejeição do pai, a perda dos pais, a mudança para a casa da avó e também a agressividade para com ela. Quando sua avó morreu ele sentiu um forte remorso que consequentemente eram acompanhados de pesadelos, com isso vinham as dores e com tudo acontecendo João deixou de lado sua vida social e ficou se sentindo perdido. A psicoterapia existencial pretende compreender os fenômenos humanos, podendo oferecer ao seu cliente a possibilidade de recriar a realidade e de uma forma sutil, desligar-se do que sempre se formou como essência, para haver a volta á procura e nesse retorno João pode até reencontrar o sofrimento, mas agora de forma autêntica e o terapeuta junto com ele vai construindo a trajetória rumo ao âmbito de cura. Essa experiência de relacionamento humano, o pro-curar junto com o outro, não se reduz a "solucionar um problema" ou a "eliminar um sintoma". Pretende ser uma experiência imaginada, evidenciando a imensa capacidade humana de reinventar o mundo. A relação entre cliente e terapeuta deve sempre seguir o mesmo fio. Em cada encontro João relata sua vida ao terapeuta e ele vai puxando o fio da conversa e nunca deixa o assunto terminar, e as palavras de João nesses relatos