O fim da democracia liberal
O texto de Joachim Hirsch intitulado “O fim da Democracia Liberal” tem por objetivo alertar os leitores sobre tudo que fica escondido por trás do verdadeiro significado de democracia liberal. O que deveria ser de comando do povo. Nada mais é que do que o resultado de estratégias politicas, deixando as pessoas como meras coparticipantes em processos cada vez menores. O surgimento da globalização é visto como uma ofensa às conquistas democráticas dos séculos XIX e XX e essa ofensa pode ser percebida quando na ilusão de alguns “privilégios” como garantias sociais e o direito a voto, a democracia estaria sendo exercida, quando na verdade, isso se faz necessário para a realização da própria democracia.
Hirsch faz uma critica também no sistema Constitucionalismo neoliberal que retira do Estado a possibilidade de exercer a influência da política democrática, pois ele serve principalmente para garantir a propriedade privada. O capitalismo neoliberal privatiza a política e internacionaliza o Estado, ou seja, ele se transforma em uma instância que serve apenas para confirmar decisões já tomadas e com isso, a democracia liberal representativa é extinta. Ele destaca também dois pressupostos essências: toda a população ser “igual” nas condições de vida e nos direitos e um governo passível de controle.
O Estado se transformou. Hoje, pode-se dizer que só chegam a nossos ouvidos as informações que a mídia desejar que saibamos. A comunicação tem sido controlada por um mercado monopolístico e é considerada apenas como “informação de entretenimento”, pois quando desejam somar votos, os partidos políticos fazem muito uso do domínio da técnica midiática e da propaganda, além de dependerem de incentivos de patrocinadores e de financiamento do Estado.
Cria-se então a “classe política” movida por interesses pessoais: garantia de carreira, posições, privilégios e a corrupção se torna cada vez mais frequente. A função do Estado