O fator Laranja Mecânica Permanece na Sociedade Contemporânea
Assisti a pouco ao filme Tropa de Elite II e fiquei sem sono, pois segui madrugada a dentro refletindo sobre o papel que nossas instituições vêm exercendo para a consolidação de um Estado Democrático de Direito, sobretudo neste momento em que os presídios do Maranhão mais parecem “chiqueiros” e a novidade entre os jovens é o “rolezinho” no shopping.
Não sou partidário de práticas desordeiras ou de atos que infrinjam o direito á vida e a proteção ao patrimônio, todavia há tempos tenho notado que o cidadão brasileiro sofre o que considero uma “crise de identidade”.
Digo isso porque vivemos em um cotidiano tão repetitivo que agimos de forma automática sem pensar acerca de nosso papel dentro da sociedade, não notamos o que acontece ao nosso redor.
Cada um de nós, quando acordamos pela manhã, iniciamos um papel dentro da estrutura social, de modo que deveríamos estar comprometidos em mantê-la de forma mais harmoniosa possível.
Todos os filósofos que pensaram a sociedade em que vivemos hoje a fundamentaram na união e consenso de todos, pois sem isso nada faria sentido, sem fraternidade partimos para nossa autodestruição.
Quem nunca leu ou assistiu “A Clockwork Orange” dirigido por Stanley Kubrick? Acho que todos os leitores já.
Em dez anos a população carcerária do brasil mais que dobrou e esta estatistica só serve para confirmar o completa falência de nossas instituições e, consequentemente, de nossa sociedade.
Mas, por mais trágico que isso possa parecer, não me preocupo com o número de encarcerados. o que me deixa indignado é que estamos “afundando” por causa da burrice.
Parace um paradoxo, mas o animal mais racional de todos está sendo extinto pela sua incapacidade de pensar.