O Extremo Ocidente

Fichamento: ROUQUIE, Alain. O Extremo Ocidente. Introdução a América Latina. EDUSP. São Paulo. 1998. (Introdução, Cap. 1 e 2) A alienação ou o excesso de reprodução de ideias não formuladas e criticadas por nosso próprio povo pode ser uma das principais causas que sustentam teorias como o evolucionismo, bárbaros e civilizados, etc. Roquié nos traz uma problemática acerca do significado de América Latina que a grosso modo, bebendo de fontes do senso comum, pode parecer um tema vazio e desnecessário para uma perspectiva contemporânea.
"Latina, essa América conquistada pelos espanhóis e portugueses o é, pelo menos até 1930, na formação de suas elites, onde a cultura francesa reina inteiramente. Deve-se dizer que América só é latina por seus "poderosos" e suas oligarquias [...]?" (ROQUIE, Alain)
É amplamente importante entender a insuficiência existente no termo " América Latina", uma vez que territorialmente, sobretudo se analisado o povo e a língua de cada localidade que os ditos "descobridores" aqui se apossaram. Como exemplo básico e próximo a realidade, o Brasil teve como seus habitantes anteriores aos latinos, tribos indígenas cujo costumes, linguajar e outros artefatos de nada se assemelhavam com os europeus.
Contudo, ao decorrer dos anos, como habitualmente ocorre nos dias atuais, o povo se acostumou com o termo concedido pelos franceses e paulatinamente foi transformando e acarretando significados positivos para as Américas.
Alianças e interações foram constituídas graças a esse "novo tom" carregado de alegria, companheirismo e liberdade que agora eram características americanas-latinas. Exemplo dessa relação ocorreu com a criação do Mercosul.
Em suma, quando nos voltamos aos nosso verdadeiros antepassados, a estudos históricos-sociais de forma detalhada ou até mesmo ao um pequeno passo de reflexão e debate coletivos em busca da identidade, chamado por Alain Rossié de Extremo Ocidente é possível resgatar e prolongar valores de povos que por ora estão