o executivo e o monge

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As escolas de Administração - supostamente o órgão responsável por formar executivos que serão gerentes, diretores e presidentes de várias empresas em todo mundo - ainda ensinam que o trabalho do executivo consiste em planejar, organizar, dirigir e controlar. Esses princípios foram criados por Fayol por volta de 1916.

Será que perante as mudanças geradas pela globalização, as pressões dos stakeholders, com a competição cada vez mais acirrada e consequentemente mudando o modo de agir das companias que querem respostas cada vez mais rápidas, os princípios de Fayol ainda são válidos para nos guiar na formação dos líderes do futuro?

Para lecionar sobre um assunto, pede-se que tenhamos o maior domínio possível sobre ele. Como ter certeza que as escolas de Administração estão partindo do pressuposto correto sobre as funções do executivo?
Foi para verificar isto que o professor Henry Mintzberg fez um estudo e o traduziu em um artigo denominado “Trabalho do Executivo: o Folclore e o Fato”, ganhador do Mckinsey Award da Harvard Business Review.

Mintzberg estudou todos os tipos de executivos: chefes de secção, supervisores de fábricas, chefes de departamento, gerente de vendas, presidentes de empresas e de nações e, até mesmo, chefes de quadrilhas.

Em seu estudo ele comenta o modo como os executivos empregam seu tempo, contrapondo a visão romântica da maioria dos escritores em dizer que o executivo é um planejador sistêmico, e não deve "perder” tempo com questões rotineiras.

Os executivos na grande maioria das vezes respondem a estímulos temporais e com isso suas ações são caracterizadas como breves variáveis e descontínuas. As pressões e os problemas do dia-a-dia fazem com que o ritmo de trabalho do executivo seja inexorável e quase sempre estes trabalham com interrupções. Apenas um em cada 368 contatos verbais dos executivos não se relacionava com problemas específicos e pode ser considerado de planejamento, segundo os estudos realizados.

Em face a

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