o excesso de ferro associado ao deficit de memoria
PROGRESSÃO DA DOENÇA DE ALZHEIMER
O aumento na expectativa de vida da população tem permitido uma maior incidência de patologias relacionadas ao envelhecimento, dentre elas as doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzhemeir (DA), que é uma doença progressiva que causa prejuízo à memória e a outras funções cognitivas levando à demência. Nesta doença ocorre diminuição na aquisição de novas informações, com piora progressiva até que não haja mais nenhum aprendizado novo, sendo este quadro intimamente relacionado com o grau de perda neuronal e sináptica. As alterações cerebrais características são a presença de placas senis (amilóides) resultantes do metabolismo anormal da proteína precursora do amilóide (APP), que conduz à formação de agregados do peptídeo β-amilóide e, os emaranhados neurofibrilares formados a partir do colapso do citoesqueleto neuronal, decorrente da hiperfosforilação da proteína TAU.
À medida que esse processo evolui, somam-se as reações gliais inflamatórias e oxidativas.
Evidências clínicas e experimentais sugerem que durante o processo de envelhecimento ocorre naturalmente um acúmulo de ferro em determinadas regiões do cérebro. O ferro é um dos metais mais abundantes e essenciais no corpo humano, no qual participa da constituição de várias biomoléculas, dentre elas as proteínas transportadoras de oxigênio, as envolvidas no processo de fosforilação oxidativa em nível mitocondrial e na regulação gênica. No tecido nervoso o ferro catalisa reações do metabolismo energético, sendo essencial para processos relacionados à síntese, degradação e mecanismos de ação de vários neurotransmissores e neuromoduladores. Entretanto, o excesso de ferro pode provocar um aumento na produção de radicais livres citotóxicos que podem estar envolvidos na etiologia de doenças neurodegenerativas como a DA. Tendo em vista que o excesso de ferro pode ter um