O exame vascular
Emil Burihan
O Exame Vascular
Emil Burihan
José Carlos Costa Baptista-Silva
O exame clínico das doenças vasculares periféricas baseia-se na procura e interpretação de sintomas e sinais que podem aparecer no local de uma alteração.
Mais de 90% das doenças vasculares periféricas podem ser diagnosticadas clinicamente desde que esse exame seja realizado de maneira sistemática e cuidadosa.
Ao final do exame, pode-se chegar a um diagnóstico anatômico e funcional e ao grau de acometimento de órgãos e tecidos.
Existem poucas áreas da Medicina nas quais as condições encontradas levam sozinhas tão rapidamente ao diagnóstico somente com base na história e no cuidadoso exame clínico, como acontece na doença vascular.
As semiologias arterial, venosa e linfática enquadram-se nos quatro parâmetros clássicos: inspeção, palpação, percussão e ausculta.¹ Na doença arterial oclusiva, que se constata na forma mais freqüente de procura da consulta médica, a coleta dos dados da história do doente e o exame físico completo podem nos fazer chegar a um diagnóstico anatômico bastante preciso. No campo das doenças
venosas, a semiologia clássica elementar dava nos e continua dando os dados essenciais para diagnóstico e terapêutica.
Por um princípio didático e para mais fácil compreensão, separamos neste capítulo o exame clínico realizado nas doenças arteriais, nas doenças venosa e nas doenças linfáticas.
EXAME
CLÍNICO
ARTERIAIS
NAS
DOENÇAS
Anamnese. Já na identificação dos doentes há alguns dados que ajudam no diagnóstico das doenças arteriais: sexo, idade, profissão. A doença arterial crônica mais freqüente é de origem aterosclerótica; é mais freqüente nos homens e na faixa etária dos 50 aos 70 anos.
Algumas doenças inflamatórias, as chamadas vasculites podem ocorrer no homem e na mulher. A tromboangeíte obliterante acomete o homem moço entre os 20 e 30 anos de idade, ao passo que a arterite de